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Benefícios flexíveis: adoção ainda é pequena, mas potencial é enorme

Apenas 2% das empresas brasileiras têm alguma forma de benefícios estruturados flexíveis, de acordo com a 30ª Pesquisa de Benefícios Corporativos, da Mercer Marsh Benefícios, realizada em 2021, com 737 corporações de todo o país. Mesmo assim, ainda que o número de companhias que hoje adotem esse modelo seja pequeno no Brasil, o potencial de crescimento é enorme e coloca uma luz sobre esse mercado de benefícios voltados para os colaboradores.

A pesquisa da Mercer Marsh revelou que as intenções de implantação de um modelo flexível de benefícios estruturados foram potencializadas de forma expressiva pela pandemia em 2021, saltando de 17% em 2019 para 48% em 2021 – em 2017, este percentual era de apenas 12%. Segundo o levantamento, a satisfação das necessidades individuais dos empregados subiu de quinta colocação em 2019 para segundo, no ano passado.

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A mudança de paradigma dos benefícios no mercado de trabalho

No podcast Robert Half Talks, Cesário Nakamura, presidente da Alelo, empresa de cartões de benefícios, como vale-refeição e vale-combustível, afirmou que essas mudanças na verdade já haviam começado antes, estimulada pelo comportamento das novas gerações – embora a pesquisa de 2017 mostrasse que apenas 12% das empresas tinham intenção de implantar um modelo flexível. “A turma mais jovem já demonstrava vontade de benefícios diferenciados. A pandemia só acabou acelerando as mudanças”, avalia.

Segundo ele, um benefício típico que surgiu durante esta fase foi o auxílio internet, para pagar as despesas do profissional com banda larga no período de home office, além de outros materiais de escritório.

“Com certeza, é um desafio de gestão fazer isso, porque claramente é a preferência da grande maioria dos profissionais ter benefícios mais customizáveis. Não são todas as empresas que estão aptas ou acostumadas com esse tipo de tema”, afirmou Marcela Esteves, gerente sênior responsável por Finanças e RH da Robert Half, também participou do episódio do podcast. Para ela, as empresas precisam encarar essa realidade, inclusive para ter sucesso na atração e retenção de talentos.

A capacidade de negociação aumentou

Os profissionais já colocam os benefícios na ponta do lápis, e muito acabam recusando propostas ou elevam o valor do salário pretendido quando veem desvantagens no pacote oferecido. “As empresas vendiam o trabalho remoto como um benefício [antes da pandemia]. Agora, não mais. Hoje em dia é um modelo de trabalho, que a empresa tem ou não tem. E isso também passa pela avaliação dos profissionais, que muitas vezes recusam o trabalho in loco”, completou.

Segundo Nakamura, no caso da Alelo, mesmo antes da pandemia, a empresa expandiu a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar (o chamado anywhere office). “Seis ou sete anos atrás, os colaboradores tinham a percepção de um benefício mesmo, uma atratividade muito forte. Hoje em dia, não tem nada de diferente”, disse.

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Novo momento de vida

O fato de os colaboradores terem deixado fisicamente os escritórios impactou claramente a flexibilização de benefícios simples. De acordo com a pesquisa da Mercer Marsh, os modelos mais comuns de flexibilização, com destaque para a possibilidade de troca do vale-refeição pelo vale-alimentação (45%), já foram implantados por 58% das empresas.

A ideia é que, com regras menos rígidas de concessão de benefícios, os colaboradores possam fazer suas escolhas de acordo com seu momento de vida, anseios e objetivos. A empresa, por sua vez, ganharia com a otimização do investimento, direcionando recursos de maneira assertiva para os benefícios que pertinentes ao seu público interno.

Segundo a pesquisa, hoje 93% das empresas oferecem algum auxílio financeiro, como vale-refeição (76%), vale-alimentação mensal (68%), Cesta de Natal (47%), auxílio-creche (61%) e vale-atividade física (35%).

Ouça também:

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Episódio #3: Guia Salarial - com Leonardo Berto e Vitor Silva

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Episódio #8: Diversidade e Inclusão - Denise Brito, da Sodexo Débora Ribeiro

Episódio #9: Mentiras no Currículo - Amanda Adami e Thiago Zuppo (Robert Half)

Episódio #10: Dia Internacional da Mulher - Flavia Alencastro, Maria Sartori (Robert Half) e Tatiana Monteiro de Barros (UniaoBR) 

Episódio #11: Dia Internacional da Felicidade - Érika Moraes (Robert Half) e Renata Rivetti (Reconnect Happines at Work)

Robert Half Talks

Lançado em outubro de 2021, o Robert Half Talks está disponível nas principais plataformas de áudio e agregadores de podcasts. Em um bate-papo inteligente e descontraído entre headhunters da companhia e grandes nomes do mercado, o Robert Half Talks será uma atração quinzenal, com o objetivo de levar aos ouvintes discussões relevantes sobre o futuro do trabalho e dicas de como se adaptar a um mundo em constante transformação.

Mais informações sobre o Robert Half Talks você confere em: Podcast: Robert Half Talks | Robert Half