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O processo seletivo é um ponto de partida crucial do mercado. E essa etapa reflete o clima do mundo do trabalho, que é um organismo vivo passível de influências de todos os lados. Algumas vezes, o mercado está saudável e muito atuante; em outras, mais pacato e receoso. Com tamanha capacidade de se adaptar a novos cenários, muitas vezes fica difícil entender a situação vigente, e alguns mitos vão sendo criados ao longo do tempo. Certos “fantasmas”, inclusive, permanecem no imaginário das pessoas por um bom tempo.

Para desvendar esse fenômeno, Alexandre Attauah, vice-presidente de Parcerias Estratégicas da Robert Half, e Carolina Cabral, diretora de Mercado da empresa, comentam no podcast Robert Half Talks o que é mito e o que é verdade no atual cenário de recrutamento brasileiro. Confira a seguir o que eles disseram:

Envie sua vaga

#1 – A pandemia gerou muitas demissões e provocou uma enxurrada de candidatos disponíveis no mercado

  • VERDADE

“Sem dúvida, o grande volume de demissões colocou no mercado um grande número de profissionais, qualificados ou não, que foram desligados durante a pandemia”, afirmou Carolina. No entanto, segundo ela, o número de desempregados com um bom nível de qualificação é muito menor do que a média.

“A qualificação indica se isso é mais ou menos verdade. A reclusão e o medo favoreceu as demissões no começo da pandemia. Mas isso foi mudando ao longo do tempo e retomando certo padrão de estabilidade, e as pessoas com maior qualificação foram reabsorvidas”, completou Attauah. 

#2 – Os candidatos estão dispostos a esperar a decisão da empresa durante um processo seletivo

  •  MITO

“Definitivamente, é mito. O pessoal não espera. Quem tem qualificação adequada e interesse de movimentação, não espera”, disse Attauah. Para o executivo, “se você quer contratar, sejamos realistas com o tempo do processo e o mais honesto possível, mas os profissionais estão dando preferência para quem é mais rápido”.

De acordo com Carolina, o profissional que passa por uma seleção on-line tem menor tolerância de espera da resposta da empresa sobre o processo. “Empregadores acabam perdendo bons profissionais que estavam no processo seletivo porque estes vão para outra vaga”, revela. Isso acontece muito com profissionais de tecnologia (TI), marketing e para posições de venda nas quais se buscam profissionais hunters. “A velocidade tem de ser outra, e o empresário te de estar a par disso.”

#3 – Um profissional que trabalha por projetos pode ser malvisto por futuros empregadores

  • MITO

“O mercado hoje busca profissionais por projetos”, disse Carol. “É supermito. Isso é uma boa prática. Existe hoje um alto grau de especialização desses profissionais e as corporações reconhecem ser muito mais vantajoso ter um perfil desses para desempenhar uma atividade especial”, completou Attauah. 

 

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#4 – Home office deixou de ser benefício

  • VERDADE

Sim. “Desde o início da pandemia, deixou de ser benefício para ser uma necessidade”, falou Carol. “Uma das primeiras coisas que informamos ao candidato é se o trabalho é presencial, híbrido ou remoto. E ele tem o direito de participar ou não do processo [seletivo]”, apontou a diretora.

#5 – Tanto faz se o trabalho é remoto, híbrido presencial ou flexível. Se o candidato quiser a vaga, ele não vai ligar para isso

  • MITO

“O candidato se interessa pela oportunidade de trabalho como um todo, de acordo com o momento de vida que está passando, se a vaga casa com o que ele quer”, disse Carol.

“Os momentos e as motivações mudam. Dependendo da circunstância que a pessoa viva, pode não ser adequada hoje, mesmo que a vaga seja um desejo antigo da pessoa”, afirmou Attauah.

#6 – O foco da entrevista deve ser só o trabalho. Saúde e bem-estar fica para o onboarding

  •  MITO

O bem-estar e a saúde mental são de extremo interesse relevância ainda no processo de recrutamento. “É importante entender tudo o que está ao redor da pessoa, até sua rotina, numa fase anterior à proposta ou onboarding”, afirmou Attauah. “O empregador também deve deixar clara a cultura da empresa”, finaliza Carol.

Ambos os profissionais falaram ainda sobre diversidade e inclusão, e sobre a formalidade no processo de entrevista. Se você quiser saber a opinião deles sobre esses temas e ter mais detalhes sobre os demais, ouça o podcast.

Ouça também:

Episódio #1: ESG: como ele impacta na hora de contratar? - com Carlo Pereira e Fernando Mantovani

Episódio #2: Match Perfeito na contratação - com Paul Ferreira, da FDC, e Mário Custódio

Episódio #3: Guia Salarial - com Leonardo Berto e Vitor Silva

Episódio #4: Saúde Mental - com Jackie de Botton, da TSOL, e Maria Sartori

Episódio #5: Transformação Digital nas empresas brasileiras - com Edvalter Becker Holz, do Insper, e Caio Arnaes

Episódio #6: Oficeless: desafio para o RH - com Matheus Fonseca, da Movile, e Lucas Nogueira

Episódio #7: Que venha 2022 - com Vittorio Danesi, da Simpress, e Fernando Mantovani

Episódio #8: Diversidade e Inclusão - Denise Brito, da Sodexo Débora Ribeiro

Episódio #9: Mentiras no Currículo - Amanda Adami e Thiago Zuppo (Robert Half)

Episódio #10: Dia Internacional da Mulher - Flavia Alencastro, Maria Sartori (Robert Half) e Tatiana Monteiro de Barros (UniaoBR) 

Episódio #11: Dia Internacional da Felicidade - Érika Moraes (Robert Half) e Renata Rivetti (Reconnect Happines at Work) 

Episódio #12: Tendências em Benefícios - Marcela Esteves (Robert Half) e Cesário Nakamura (Alelo) 

Robert Half Talks

Lançado em outubro de 2021, o Robert Half Talks está disponível nas principais plataformas de áudio e agregadores de podcasts. Em um bate-papo inteligente e descontraído entre headhunters da companhia e grandes nomes do mercado, o Robert Half Talks será uma atração quinzenal, com o objetivo de levar aos ouvintes discussões relevantes sobre o futuro do trabalho e dicas de como se adaptar a um mundo em constante transformação.

Mais informações sobre o Robert Half Talks você confere em: Podcast: Robert Half Talks | Robert Half