Os impactos da COVID-19 sobre a oferta e demanda de profissionais no mercado de trabalho exigiu das empresas uma atenção especial em relação à preservação dos seus talentos internos.
Realocar colaboradores internos, adotar novas formas de seleção e contratação, apoiar o desenvolvimento dos colaboradores, foram algumas das saídas encontradas pelas empresas para atender as necessidades do mercado e manter o negócio em constante evolução.
Para saber mais sobre a retenção de talentos, conhecer as melhores estratégias para atingir a esse objetivo e verificar quais os riscos que se corre quando não há investimentos no capital humano, acompanhe a leitura.
O que significa reter e valorizar os talentos internos da empresa?
A pandemia mudou os cenários em níveis mundiais. No mercado de trabalho, teve várias influências, como, por exemplo:
- consolidou novas formas de contratação no mercado, como os temporários e o staff loan;
- modernizou processos, como por exemplo, contratações e treinamentos que passaram a ser integralmente digital;
- popularizou e, no caso de algumas empresas, consolidou o home-office e o trabalho híbrido.
As situações acima mostram que, de certa forma, a gestão de talentos humanos nas empresas evoluiu. Afinal, a integração desses novos processos impediu que o mercado desacelerasse totalmente.
No entanto, quando falamos sobre o mundo corporativo em meio à pandemia, é impossível deixar de citar as taxas de desemprego. Um dos maiores desafios do mercado de trabalho brasileiro em 2021 vai ser lidar com a quantidade de pessoas que perderam a fonte de renda durante a pandemia e passarão a buscar trabalho.
Mesmo com a flexibilidade do trabalho, em muitos casos, enxugar o quadro de colaboradores foi necessário. Com as recomendações de isolamento, veio a queda nas vendas em muitos setores, resultando em demissões necessárias.
Contudo, as empresas não podem simplesmente demitir os colaboradores e esperar que o mercado volte a crescer. É preciso se sustentar em meio a competitividade e as situações adversas, como a da COVID.
É aí que entra a valorização e a retenção dos talentos internos da empresa: identificar aqueles que têm potencial para evoluir junto com o negócio e apostar no seu desenvolvimento, traçando uma estratégia de crescimento conjunta e linear.
Essas pessoas devem ser conservadas neste momento, pois fazem parte dos pilares que sustentam a empresa mesmo em épocas de crise.
Como as empresas podem identificar seus talentos internos?
Os profissionais alinhados à cultura do negócio, que têm o conjunto de competências adequados para o cargo, senso de liderança, bom desempenho e são capazes de olhar para o futuro, são os que chamamos de talentos internos.
O primeiro passo para reter, valorizar e desenvolver esses profissionais é identificá-los, o que pode ser feito das seguintes formas:
- implementando processos de avaliação de desempenho individual;
- lançando metas e objetivos para as equipes, avaliando quais os caminhos escolhidos por cada profissional para atingi-las;
- observando o comportamento mediante desafios e como os profissionais recebem as mudanças, mostrando ter facilidade para se adaptar.
Quais estratégias podem melhorar a retenção?
A retenção de talentos internos acontece por meio da valorização desses profissionais. Essas pessoas precisam sentir que a empresa reconhece seu potencial, acredita no seu trabalho e o considera uma peça chave para o crescimento.
Isso se dá de diferentes formas, enraizadas na própria cultura organizacional. Empresas com plano de carreira mais bem-estruturado, metas reais e adeptas da cultura de diversidade no trabalho permitem que seus talentos enxerguem oportunidades de crescimento tangíveis, que dependem do seu desempenho profissional, independentemente de cor, raça, sexo ou qualquer outra característica que nos diferenciam uns dos outros.
O plano de carreira deve ser compatível com a realidade do mercado e a progressão da carreira deve acontecer no máximo em médio prazo. As novas gerações do mercado são mais imediatistas e processos longos acabam fazendo com que percam o interesse. Além disso, a alta competitividade faz com que o assédio dos concorrentes seja ainda maior. O tempo é valioso.
As empresas também são responsáveis pelo desenvolvimento dos talentos, aproveitando seu potencial. Para isso, devem investir em programas de treinamento que aprimoram o exercício de suas funções, mas que também possam desenvolver novos talentos.
Dessa forma, não só retêm os talentos por meio de incentivos, como também viabilizam processos de recrutamento interno de sucesso.
Quais as consequências da falta de valorização desses talentos?
Se por um lado um dos desafios do mercado de trabalho vai ser absorver todos os demitidos pela pandemia, de outro temos que pensar no reaquecimento do mercado, fluxo comum após uma crise.
As empresas não vão se limitar a prospectar talentos que estão desempregados. Elas vão divulgar suas vagas, seus benefícios e suas vantagens abertamente. Nesse processo, os colaboradores que não estiverem satisfeitos com seus trabalhos atuais podem encontrar essas oportunidades.
Isso significa que os talentos que não foram valorizados vão levar sua experiência, seu conhecimento e suas aptidões para outras organizações que, em muitos casos, são concorrentes.
Além de entregar esse know-how de bandeja para a concorrência, quem perde seus talentos internos precisa investir novamente em contratações, treinamentos, além de arcar com os custos envolvidos nos processos admissionais e demissões.
A retenção e valorização de talentos internos nas empresas é um investimento que se faz para o crescimento do negócio a longo prazo. Enxergar o capital humano como uma estratégia de sustentabilidade e crescimento — ainda que em momentos de crise — é vital para qualquer organização.
Essa estratégia começa no recrutamento, identificando os candidatos que têm potencial para assumir essas posições. Aproveite que está aqui e faça o download do guia Como recrutar os melhores talentos para o seu time.